28/12/2021 ás 17:06:06
Setores de comércio e serviços diminuem expectativa de retomada no final do ano
Geral

Os índices de confiança do comércio e de serviços, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV (FGV IBRE), perderam força em dezembro.

O Índice de Confiança do Comércio caiu 2,7 pontos no último mês do ano, ao passar de 88,0 para 85,3 pontos, menor nível desde abril de 2021 (84,1 pontos).

Já o Índice de Confiança de Serviços caiu 1,3 ponto em dezembro, para 95,5 pontos, a segunda queda consecutiva.

Em dezembro, houve queda em cinco dos seis principais segmentos do setor de comércio. O recuo no mês foi resultado da piora da percepção sobre o momento presente e das expectativas em relação aos próximos meses.

“Com mais uma nova queda, a confiança do comércio termina 2021 com perda acumulada de 6,4 pontos. O resultado de dezembro é influenciado principalmente pela percepção de piora no volume de demanda pelo quinto mês consecutivo, sugerindo que, apesar da melhora da pandemia, o setor continuando sentindo os efeitos negativos da baixa confiança do consumidor, lenta recuperação do mercado de trabalho, alta inflação e juros em alta. As expectativas também pioraram sugerindo que o início do próximo ano deve ser desafiador, sem perspectivas de retorno da trajetória de recuperação que vinha ocorrendo até o terceiro trimestre desse ano “, avalia Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE.

Já a queda da confiança em serviços no último mês do ano foi resultado de uma ligeira piora na avaliação sobre o momento atual e redução das expectativas.

“A recuperação da confiança de serviços, que vinha ocorrendo ao longo de 2021, parece perder força no final do ano. Em dezembro, o resultado negativo foi influenciado por uma ligeira piora na demanda no momento e diminuição das expectativas sobre os próximos meses. Apesar do programa de vacinação seguir avançando, o cenário para os próximos meses ainda parece muito incerto, principalmente pelo ambiente macroeconômico mais frágil e a dúvida sobre nova variante “, avaliou Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE.

 

Fonte: G1