As vendas no comércio varejista brasileiro subiram 0,6% em novembro, na comparação com o mês anterior, quando haviam registrado leve alta de 0,2%.
O número veio pouco melhor que as expectativas do mercado, que apontavam para uma estabilidade.
“Apesar de terem vindo melhores que o estimado, os números estão em consonância com o cenário mais geral para 2022 onde os níveis já muito baixos evitam quedas mais intensas e até alguma melhora na margem”, diz o economista-chefe da Necton, André Perfeito, em nota.
Mais da metade das atividades tiveram resultado negativo no período, disse o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (14).
No ano, o varejo acumula alta de 1,9% e nos últimos doze meses, também crescimento de 1,9%.
“O que vimos foi uma Black Friday muito menos intensa, em termos de volume de vendas, do que a de 2020, quando esse período de promoções foi melhor, sobretudo para as maiores cadeias do varejo”, analisa o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.
Das oito atividades consideradas pela pesquisa, cinco tiveram taxas negativas em novembro. “Mesmo assim o varejo avançou puxado, principalmente, pelo crescimento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,9%)”, diz o IBGE.
O Instituto também destaca avanço de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,2%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,2%).
O dado divulgado nesta manhã se soma ao de serviços, divulgado na véspera. O setor avançou 1,6% em novembro, uma surpresa positiva para analistas.