2020 foi marcado pela crise econômica agravada pela pandemia do Coronavírus em todo o mundo. No Brasil, as regras de distanciamento e isolamento social provocaram impactos negativos que afetaram diretamente a geração de emprego, a renda e as condições sociais dos brasileiros.
Diversas empresas fecharam as portas, demitiram ou reduziram seus quadros de funcionários, mesmo com as medidas adotadas pelo Governo Federal, como a redução de salários e a liberação do auxílio emergencial.
A boa notícia é que, segundo projeções da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia, acredita-se que o crescimento econômico do deste ano ficará acima de 3%. Serão três as principais variáveis que garantirão o bom desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021, segundo o Governo: emprego, crédito e consolidação fiscal.
Segundo dados do Caged, foram fechados 558.597 postos de trabalho com carteira assinada no Brasil de janeiro a setembro de 2020. O número é realmente menor que a perda registrada na última recessão econômica. Em 2015, de janeiro a setembro, o país fechou 657,7 mil vagas formais. Em 2016, no mesmo período, foram fechados 683,6 mil postos.
Além da redução do desemprego, a secretaria afirma que o canal de crédito será vital para promover a retomada econômica em 2021. A agenda envolve o aprimoramento do mercado de capitais no ano que vem para diminuir custos associados à burocracia e para garantir uso mais eficiente das garantias e recebíveis.
O governo e o Congresso Nacional lançaram, ainda, quatro programas emergenciais de crédito para garantir dinheiro a taxas baixas de juros às empresas durante a pandemia. Segundo a SPE, esses programas resultaram em cerca de R$ 103,5 bilhões de contratação de operações de crédito até setembro deste ano. Boa parte do valor vai para capital de giro, ou seja, para manter os negócios funcionando.
O Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), uma das linhas de crédito especial criadas na pandemia, teve um sucesso tão grande que deve continuar em 2021. Porém, os juros devem aumentar um pouco e a carência para pagamento das parcelas, diminuir. Atualmente, os juros são de 1,25% ao ano mais taxa Selic e a carência é de oito meses.
Também será importante para garantir a retomada em 2021 a consolidação fiscal, afirma o governo. A consolidação fiscal nada mais é do que garantir que as contas públicas do país fiquem sob controle. Essa agenda começou com a aprovação da reforma da Previdência em 2019, mas foi interrompida em 2020 em virtude da pandemia de Covid-19.
Com todas essas medidas, aliada à aprovação da vacina contra o Coronavírus deixam os especialistas otimistas com a retomada da economia esse ano.