Na manhã desta terça-feira (14), o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Sorriso, Paulo Silvestro, participou ao vivo do programa da Rádio Centro América para falar sobre os 39 anos do município. A entrevista foi marcada por reflexões sobre os desafios enfrentados pelos primeiros empresários, o papel do comércio no processo de desenvolvimento da cidade e as perspectivas para o futuro.

Durante a conversa, ele destacou o papel crucial dos pioneiros na construção de Sorriso. "Os primeiros que aqui chegaram enfrentaram grandes desafios, mas ajudaram a construir os alicerces do que hoje é uma das cidades que mais crescem no estado. O que começou como uma fronteira agrícola se transformou em um polo regional de inovação, educação e comércio", destacou.

Paulo pontuou que Sorriso vive hoje uma nova fase de desenvolvimento econômico. Após a mecanização do campo e a era da agricultura de precisão, o município ingressa na chamada "era dos serviços", consolidando-se como referência em agrotecnologia, educação, comércio especializado e inovação.

"Hoje, Sorriso não é só um lugar que planta e colhe, mas também que ensina, vende, conecta, atende e exporta conhecimento. É a consolidação de uma cidade moderna, com serviços cada vez mais qualificados e diversificados, atendendo ao agro, ao comércio e à população. A economia está se verticalizando", afirmou.

O comércio local também acompanha essa expansão. De acordo com Paulo, o setor deixa de ser apenas suporte ao agro e assume protagonismo na economia. "Com o aumento da renda e do consumo, o comércio se reinventa. Há espaço para inovação, digitalização e fortalecimento do empreendedorismo jovem. Estamos vendo surgir negócios mais especializados e experiências de compra diferenciadas e maior conexão com o turismo de negócios e eventos", disse.

Essa nova etapa vem acompanhada de um processo de urbanização inteligente, com melhorias em mobilidade urbana, saneamento, habitação e meio ambiente. Segundo o presidente da CDL, o poder público tem papel essencial na criação de uma cidade atrativa não apenas para trabalhar, mas também para viver.

"Precisamos oferecer estrutura urbana de qualidade, áreas de lazer, cultura, segurança e educação. Quando a cidade é atrativa para viver, ela naturalmente se torna atrativa para trabalhar. Isso ajuda a fixar mão de obra qualificada, especialmente os jovens, e atrair profissionais de outras regiões. Ou seja, o desenvolvimento econômico e social caminham juntos”, finalizou.