A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Sorriso veio a público esclarecer sua posição em relação à participação na Exporriso 2025. Nesta manhã (26/02) o presidente da entidade, Alcionir Paulo Silvestro, e o 1º diretor secretário, Rafael Rovaris, participaram de uma entrevista na Rádio Sorriso para falar sobre o assunto.
Em nota divulgada na manhã de ontem (25), a CDL explicou que foi convidada a participar da festa com indicação de empresas associadas à entidade para exporem e divulgarem seus produtos. A decisão de não participar do evento e não indicar associados foi baseada no limitado número de vagas e na dificuldade de estabelecer critérios justos para a seleção das empresas.
“O compromisso da CDL é com a transparência e a equidade na representação dos nossos mais de 1.700 associados, buscando apoiar o comércio local de maneira ampla e justa”, defendeu o presidente.
Além disso, a entidade reforçou a importância de repensar o modelo da feira, buscando um evento mais voltado para inovação, tecnologia e fortalecimento do setor empresarial local.
O presidente citou como exemplo os municípios vizinhos que têm se destacado na implementação de iniciativas voltadas ao fortalecimento do setor econômico com a realização de feiras, eventos e projetos inovadores, estimulando o desenvolvimento dos pequenos e grandes negócios.
“A CDL entende que um evento estruturado e voltado para a inovação pode agregar valor ao setor empresarial local, atraindo investimentos e oportunidades de crescimento. É esse modelo que precisamos pensar para Sorriso, para que possamos realmente nos tornar um polo tecnológico que atraia novos investidores e impulsione o turismo local”, pontuou.
Outro ponto discutido foi a cautela com relação ao repasse de recursos públicos para a Exporriso. Em sua fala, Paulo Silvestro destacou a necessidade de indicadores concretos para avaliar a efetividade do investimento, incluindo dados sobre faturamento, impacto econômico e geração de empregos. “Entendemos que os recursos devem ser direcionados a iniciativas que realmente impulsionem o desenvolvimento econômico do município. Precisamos consolidar a capital do agronegócio por meio de um evento que una tecnologia, negócios, startups e inteligência artificial, assegurando a manutenção do título de "negócios"”, frisou.
“Diante da atual conjuntura, a diretoria da CDL decidiu não avalizar esse investimento. Não somos contra a realização da festa, pois reconhecemos sua importância cultural e social. No entanto, acreditamos que, neste momento, é essencial priorizar investimentos que atendam diretamente às necessidades da sociedade”, complementou o diretor, Rafael Rovaris.